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Rádio Nacional leva serviço e informação a locais remotos do Brasil

Especial destaca a relação da rádio e dos apresentadores com ouvintes
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Beatriz Evaristo
07/04/2021 - 09:56
Brasília
O presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa),Ronaldo Nogueira de Oliveira, fala sobre sistemas públicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, controle da Doença de Chagas  no estúdio da Rádio Nacional de Brasília
© Marcello Casal JrAgência Brasil

Contar histórias, promover o encontro entre os ouvintes, informar sobre saúde e direitos do cidadão, levar a mensagem de acontecimentos importantes a todo país.

Ao longo de sua história, a Rádio Nacional alcançou os lugares mais remotos do Brasil.  Antes mesmo da transferência da sede do governo do país para Brasília, a emissora pública iniciou uma nova etapa no Planalto Central.

A doutora em comunicação Izani Mustafá, que é professora da Universidade Federal do Maranhão, destaca que a Rádio Nacional teve um papel importante na prestação de serviço.

“Imagina, foi organizada e entrou no ar durante a construção da nova capital, em 1958. E naquela época foi um meio de comunicação eficaz para os trabalhadores que já estavam ajudando a construir Brasília. Sem dúvida as histórias de Brasília e da Nacional estão interligadas. Imagina, uma rádio em um lugar ermo como era o cerrado naquela época.”, diz. 

Registros da história brasileira já estiveram nas ondas do rádio na voz do jornalista Valter Lima que está a frente do programa Revista Brasil, há 35 anos.

“Nós tivemos aqui a satisfação de transmitir ao vivo a proclamação da Constituição de 1988. Acompanhamos também a primeira votação em que o eleitor compareceu às urnas para poder eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, enfim.”, diz, 

Quase duas décadas depois da criação da Rádio Nacional de Brasília, em 1977, foi criada a Rádio Nacional da Amazônia. O pesquisador Cláudio Paixão acredita que a emissora mantém seu impacto na atualidade pela relação que foi construída ao longo das décadas com os ouvintes que estão na região amazônica.

“A gente está falando de locais no Brasil onde a rádio chega que ela é o único meio de comunicação a alcançar essas regiões. A gente fala do Riozinho do Anfrísio no interior do país. A gente fala em locais onde o rádio é isso: é a voz, é o acalento e é a companheira.”, diz. 

A apresentadora Sula Sevillis, conhece bem essa relação. Ela esteve à frente do Programa Ponto de Encontro por 33 anos e guarda com carinho tudo que vivenciou com os ouvintes.

“Em 2015, eu tive a oportunidade de ir a São Félix do Xingu, no Pará. Uma viagem longa, mas ao chegar lá a emoção tomou conta de mim o tempo inteiro. Eu fui recebida por pessoas que viajaram mais de 1 mil quilômetros. Fui saudada por pessoas que me abraçavam como alguém da família.”

Quem sintoniza a Rádio Nacional sempre teve um lugar para ser ouvido. No passado, participando dos programas de auditório, com a participação por cartas, e-mails, telefone e mensagens de aplicativo.

 

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