Conselho de Ética vai ouvir testemunhas no processo sobre Dr. Jairinho
O Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro decidiu ouvir duas testemunhas no processo que avalia a cassação do mandato do vereador dr. Jairinho, por quebra de decoro parlamentar. Jairinho está preso acusado de torturar e matar o enteado Henry Borel, de quatro anos, no dia 8 de março deste ano.
Serão notificados o governador Cláudio Castro, para que responda por escrito sobre o telefonema que recebeu do vereador Jairinho, poucas horas após a morte do menino; e o conselheiro do Instituto D’Or, Pablo dos Santos Menezes. De acordo com o inquérito policial, Jairinho teria pedido que o corpo do menino fosse liberado do hospital barra D’Or sem que seguisse à autópsia no Instituto Médico Legal.
O vereador Luiz Ramos Filho, do PMN, que é relator do processo, explicou que na reunião do Conselho, que aconteceu na noite dessa terça-feira (25), foi analisada, ainda, a defesa do vereador, encaminhada pelo advogado Berilo Martins Netto. Agora, segundo ele, começa a fase de instrução, que deve durar 30 dias úteis, podendo ser prorrogada por mais 15 dias.
A perda de mandato é deliberada em votação aberta no Plenário, com direito à fala dos parlamentares e da defesa durante a sessão. São necessários dois terços dos votos dos vereadores para que a cassação seja aprovada.