Mil e quinhentos metros de distância separam dois estados do Norte do país: Acre e Rondônia. A Ponte do Abunã, estrutura de 14 metros de largura, começou a ser construída em 2014 e, após algumas interrupções nas obras, foi inaugurada nesta sexta-feira. No município de Vista Alegre do Abunã, em Rondônia, o presidente Jair Bolsonaro lembrou que as travessias entre os estados, no Rio Madeira, eram feitas em balsas.
Desde os anos de 1980 a travessia do rio Madeira era feita por balsas, o que custava caro e era arriscado. Principalmente no período chuvoso com episódios de cheia do rio Madeira, o que deixava o estado do Acre isolado porque as rampas que dão acesso às balsas ficavam alagadas. Por lá, a obra finalizada deu fim a uma espera de décadas.
Construída sobre o rio Madeira, a Ponte do Abunã é a segunda maior em água doce no Brasil e vai permitir que o estado do Acre ganhe acesso às rodovias do país, por meio da BR 364. A expectativa do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, é que mais de dois mil veículos, por dia, transitem sobre a ponte. Também vai ser possível, no futuro, a ligação com a rodovia Transoceânica, a BR 317, que leva ao Porto de Ilo, no litoral do Peru, no oceano Pacífico.
O Ministério da Infraestrutura aponta que, via balsa, os caminhoneiros chegavam a desembolsar até R$ 200, para ir de uma margem à outra do rio Madeira. Com a nova ponte, a travessia é de graça e dura, em média, cinco minutos. Desde o início da construção, há sete anos, a Ponte do Abunã teve investimento total acima dos R$ 160 milhões.