Pesquisa vai mostrar como é feito descarte de EPI na pandemia
Uma pesquisa online lançada pelo Projeto Coral Vivo vai verificar como os brasileiros estão descartando equipamentos de proteção individual contra a covid-19, como máscaras, luvas e toucas. A análise quer checar se as cidades oferecem uma forma de fazer o descarte adequado desses equipamentos e se as pessoas estão informadas sobre esses locais.
Os organizadores do estudo suspeitam que esse material vem sendo descartado de maneira incorreta, e além da preocupação de que ele possa alcançar praias e mares, também há o risco da contaminação. A pesquisa recebe contribuições das pessoas até o próximo dia 27.
A coordenadora de Educação do Projeto Coral Vivo, Thaís Mello, afirma que no caso das máscaras já foi constatada sua presença em faixas de praia e mar, o que pode gerar grandes prejuízos aos organismos marinhos.
Thaís Mello defende que, por esses materiais estarem contaminados, deveriam ser tratados da mesma forma que os resíduos hospitalares, pois também colocam em risco os profissionais de limpeza.
A partir do resultado da pesquisa, o Projeto Coral Vivo pretende fazer uma campanha nacional de descarte correto, buscando parcerias com o Poder Público, prefeituras e empresas.
Uma estimativa do Instituo Akatu aponta que, após quase um ano de pandemia, o Brasil pode ter descartado cerca de 13 bilhões de máscaras de tecido.