Durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido foi alvo de vários bombardeios conhecidos como blitz, em referência a palavra alemã blitzkrieg, que quer dizer guerra-relâmpago. Um desses momentos trágicos aconteceu na estação de metrô Balham, no sul de Londres, em 14 de outubro de 1940. O local era usado como abrigo antiaéreo para civis.
Londres vinha sofrendo com as investidas dos alemães desde setembro daquele ano. Quando soava o alarme, o metrô era visto como um dos lugares seguros para se esconder. Não havia abrigos antibombas suficientes e os túneis ficavam lotados. Algumas pessoas chegavam a dormir ali, acreditando que estavam mais protegidas dez metros abaixo da superfície.
Na tarde do dia 14 de outubro, não foi diferente: ao ouvir a sirene, cidadãos que estavam na região correram para estação Balham. Estima-se que 700 pessoas estavam alojadas no túnel quando uma bomba foi lançada na avenida, por volta das 20h. A explosão abriu uma cratera com mais de 18 metros de diâmetro na pista e chegou a engolir um daqueles famosos ônibus de dois andares de Londres. As tubulações de águas se romperam e, entre os que procuraram abrigo no metrô, cerca de 70 pessoas perderam a vida.
Uma placa foi fixada na entrada da estação em memória dos civis e da equipe do transporte de Londres que foram mortos naquela noite. De acordo com o governo local, entre as vítimas estavam o chefe da estação John Rundle. Ele era integrante do Exército de Salvação de Wimbledon e morreu tentando salvar outras pessoas.
Na época, o acontecimento foi pouco divulgado para não causar pânico na população. A Grande Londres sofreu quase 28 mil ataques à bomba entre 7 de outubro de 1940 e 6 de junho de 1941. Atualmente, o governo britânico tem um arquivo público sobre os danos causados pelos bombardeios na Segunda Guerra Mundial, conhecido como Censo de Bomba.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Messias Melo
Apresentação: Jéssica Gonçalves