O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) deve terminar nesta segunda-feira (8) a retirada dos destroços do avião que caiu em Piedade de Caratinga, na região leste do estado, em que morreram a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas. O avião caiu na tarde de sexta-feira (5), a cerca de três quilômetros do Aeroclube de Caratinga.
Após os trabalhos de perícia da Polícia Civil e do Cenipa no local da queda, no sábado (6), o avião foi dividido em várias partes, que estão sendo levadas para o Rio de Janeiro, onde serão examinados - inclusive os dois motores, que foram localizados em locais diferentes da queda.
Os trabalhos tiveram que ser interrompidos na noite de sábado e domingo devido à neblina e à dificuldade de acesso à região. Uma empresa especializada é responsável pelo desmonte e transporte das partes da aeronave. Em Belo Horizonte, médicos e técnicos do Instituto Médico Legal (IML) iniciaram exames e análises em materiais recolhidos das cinco vítimas do acidente. Serão realizados exames patológicos e toxicológicos, a pedido dos responsáveis pela investigação.
Segundo o assessor da diretoria do IML, o médico legista José Roberto Resende Costa, os exames são complementares aos laudos de necropsia, que irão determinar as causas exatas das mortes.
Ainda segundo o médico legista, nesse tipo de acidente o impacto pode causar danos graves aos órgãos internos das vítimas.
A Polícia Civil deve iniciar nesta segunda (8) a coleta de depoimento de testemunhas do acidente. As investigações estão sendo conduzidas pela Delegacia Regional de Caratinga. Além de Marília Mendonça, morreram no acidente o tio e assessor da cantora Abicelí Silveira Dias Filho, o produtor artístico Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.