Em 2020, 23,1% das embalagens plásticas que utilizamos em casa foram recicladas. Foram transformadas em frascos, garrafas, baldes, bacias e lixeiras, diminuindo o lixo no meio ambiente. Antes da pandemia, em 2019, 24% dessas embalagens deixaram de poluir a natureza e foram reaproveitadas. E no ano anterior, em 2018, pouco mais de 22% foram recicladas.
Esses dados são de estudo do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico, da Abiplast - Associação Brasileira da Indústria de Plástico e da empresa de plásticos Braskem. Solange Stupmf, diretora executiva da empresa responsável pela pesquisa, a Maxiquim, detalha.
Segundo o levantamento, em 2020 foram consumidas 1 milhão e 400 mil toneladas de resíduos plásticos utilizado no processo de reciclagem. Antes da transformação em outros itens, um milhão tinha sido utilizado em residências, comércios e escritórios. Já outros 368 mil, na indústria.
Apesar do processo de reciclagem de plásticos não ter diminuído tanto durante a pandemia, o ritmo de empregos não acompanhou. O número de trabalhadores formais desacelerou. Em 2019, eram quase 18 mil pessoas empregadas no setor. No ano passado esse número caiu para 15.800. Para Solange Stumpf, a diminuição de vagas já vem ocorrendo há um tempo. E tudo por causa da automação das empresas.
Mesmo com aumento no número da reciclagem de plástico no Brasil, em 2020, quase 169 mil toneladas de material foi perdido durante o reaproveitamento. Isso representa um aumento de 24,5% em comparação a 2019. O principal motivo para essa perda é a contaminação da sucata plástica por materiais indesejados, principalmente resíduos de origem doméstica.