A pedagoga Kelly Regina de Carvalho tinha um perfil aberto no Instagram, onde postava fotos do dia-a-dia com a filha de sete anos de idade. Quando ela percebeu que estava recebendo muitas solicitações de amizade de pessoas desconhecidas, uma luz de alerta se acendeu.
Se a maioria das mães e os pais têm dificuldades de perceber os riscos da superexposição dos filhos na internet, as crianças não têm noção alguma dos perigos que estão à espreita no ambiente digital. Elas são mais vulneráveis à ação de pessoas mal intencionadas — que podem aproveitar a inocência dos pequenos para obter informações sensíveis sobre a rotina delas, ou mesmo para convencê-los a ligar a câmera para gravar fotos e vídeos.
Por isso, o acesso dos filhos na rede precisa ser controlado e monitorado pelos responsáveis. É o que defende Evelyn Eisenstein, coordenadora do Grupo de Trabalho Saúde Digital, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ela afirma que deixar uma criança sem supervisão na internet é equiparável a deixá-la livre pelas ruas da cidade.
A pediatra Evelyn Eisenstein ressalta, ainda, que delimitar limites para os filhos utilizarem a internet é, inclusive, uma oportunidade de educar as crianças.
Outras dicas sobre este e outros assuntos relacionados aos filhos estão disponíveis no site Pediatria para as Famílias, que é mantido pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O link de acesso está disponível no portal da entidade, no site sbp.com.br.