A situação dos reservatórios de abastecimento de água na grande São Paulo melhorou um pouco após as chuvas dessa última semana. De acordo com informações da Sabesp, a companhia de saneamento de São Paulo, somando todos os reservatórios, eles estão com pouco mais de 52% de sua capacidade preenchida. 
No entanto, a situação do reservatório do Cantareira ainda inspira preocupação. Nesta quinta-feira, o reservatório registrava 36,1% de sua capacidade. Isso porque o volume esperado de chuvas de outubro a dezembro não aconteceu.
De acordo com professor na área de gestão de recursos hídricos da Unesp, Rodrigo Lilla Manzione, o fenômeno La Niña, de temperaturas anômalas no Oceano Pacífico, em conjunto com ação humana tem modificado e dificultado o preenchimento dos reservatórios
Já o professor da Unicamp Antônio Carlos Zuffo afirma que, historicamente, há um comportamento cíclico de cerca de 30 a 40 anos de muita chuva; e, posteriormente, de estiagem na região Sudeste, no que ele chama de fenômeno José.
Atualmente estamos no período mais seco. Além disso, ele explica que a cada 11 anos há um período de seca mais acentuado, que deve acontecer entre 2025 ou 2026.
Diante disso, os especialistas concordam que é necessário fazer campanhas de conscientização do uso racional da água; e também a Sabesp diminua o percentual de perdas na distribuição da água.
A Sabesp afirmou, por sua vez, que vem fazendo obras e manutenção para diminuir as perdas nas tubulações, e que o desperdício era de 41%, em 2004 e foi de 27%, em 2020. Além disso a companhia também afirmou que a população tem se conscientizado sobre o uso racional; e desde 2014 o nível de consumo residencial diminuiu 14%.
