Polícia prende três homens pela morte do congolês Moïse no Rio

Estão presos desde a noite dessa terça-feira (1º) os três homens que aparecem nas imagens divulgadas pela Polícia Civil, agredindo a pauladas até a morte o congolês Moïse Kabagambe, de 25 anos, ao lado do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
A prisão temporária dos três foi decretada pela juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, no plantão judiciário da capital. Eles foram indiciados por homicídio duplamente qualificado.
O crime aconteceu no dia 24 de janeiro, mas a família só foi avisada no dia seguinte, quando o corpo já estava no IML. O delegado Henrique Damasceno, titular da Delegacia de Homicídios, que já ouviu dez pessoas, considerou o crime brutal. Além de ser agredido com cerca de 30 golpes de pau, Moïse foi amarrado depois de já estar desacordado.
A prefeitura do Rio suspendeu o alvará de funcionamento do quiosque, que está fechado desde a noite do crime. O prefeito Eduardo Paes recebeu a família de Moïse na tarde dessa terça-feira e, em um vídeo publicado nas redes sociais, pediu desculpas em nome da cidade e garantiu apoio psicológico e material a eles.
O representante da Comunidade da República Democrática do Congo no Brasil, Fernando Papa, que acompanha as investigações, disse que o crime chocou a todos que respeitam a vida humana.
Parentes do congolês afirmam que ele tinha ido ao local cobrar o pagamento referente aos dias trabalhados no quiosque como ajudante de cozinha.




