Uma mulher destemida conquistou fama e respeito entre os piratas no século XVIII. A irlandesa Anne Bonny não tem data exata de nascimento conhecida até o momento mas, pela sua história, tem se atribuído a ela o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O ano também diverge dependendo de quem relata a sua vida, pode ser 1698 ou 1702. O fato é que Anne foi uma capitã pirata que desafiou a tradição de uma época em que apenas homens poderiam embarcar em grandes aventuras.
Anne era considerada filha ilegítima de um advogado casado e da empregada da família. Por um tempo, o pai apresentou Anne como menino, filho de um parente próximo. Quando a farsa foi descoberta, seus pais mudaram-se para a Carolina do Sul, nos Estados Unidos.
Anne perdeu a mãe aos 12 anos e passou a demonstrar um comportamento considerado rebelde, inadequado para as moças daquela época. Quando resolveu se casar com um pirata por volta de 1718, foi deserdada e ficou sem o apoio financeiro do pai.
Anne e o marido foram viver na ilha de Nassau, nas Bahamas. Ali, os aventureiros se reuniam livremente. Durante o tempo que ficou no local, conheceu o famoso capitão pirata Calico Jack, deixou o casamento para trás e embarcou no navio Revenge pelos mares do Caribe.
A aventura teve fim quando a tripulação foi capturada e condenada à morte na Jamaica. Anne estava grávida e conseguiu adiar o cumprimento da sentença. Os registros históricos não dizem o que aconteceu com ela depois disso.
Em 1724, um livro intitulado Uma História Geral dos Roubos e Assassinatos dos Piratas Mais Notórios trouxe uma breve biografia sobre a via de Anne Bonny nos mares e de outros piratas ilustres.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Messias Melo