O Dia Nacional do Sistema Braille é celebrado neste 8 de abril. O nascimento de José Alvares de Azevedo marca a data. Ele foi o primeiro professor cego do Brasil e responsável por ensinar e divulgar o sistema de leitura e escrita usado por pessoas que têm deficiência visual no país.
Maria da Glória de Sousa, professora e assessora do instituto Benjamin Constant, instituição de ensino para deficientes visuais no Rio de Janeiro, explica que o sistema braile foi criado em 1825 e trazido para América Latina em 1850.
Para a professora é uma data especial porque na criação do sistema braile se comemora a libertação intelectual para os cegos.
A ferramenta permitiu abrir as portas do conhecimento e da cultura para as pessoas com deficiência visual, em quase 200 anos desde sua criação.
Com avanço da tecnologia, Maria da Glória faz um alerta, ainda que aparelhos eletrônicos facilitem a comunicação, eles não substituem o Braille, as duas ferramentas se complementam.
Ela argumenta que as crianças não podem ser educadas apenas na oralidade, o que ela considera um retrocesso.
A professora defende a inclusão da criança com deficiência visual na escola, uma das principais dificuldades que as famílias enfrentam.
Mais que acolhimento é preciso garantir recursos necessários para que elas consigam acompanhar os colegas em sala de aula. Markiano Charan Filho, diiretor-presidente da Associação de Deficientes Visuais e Amigos, destaca ainda a necessidade de investimento em professores especializados.
Inclusão na escola e na vida profissional. Markiano afirma que falta fiscalização junto aos estabelecimentos e a indústria, além da carência de material em Braille, dificulta a acessibilidade.
A Associação de Deficientes Visuais e Amigos é uma entidade que luta pela inclusão da pessoa com deficiência visual no mercado de trabalho. Já o Instituto Benjamin Constant é o primeiro do país especializado na educação e atendimento de pessoas cegas e com baixa visão.
E atende pessoas de todas as idades. Mais informações no gov.br/ibc