Já pensou se alguma catástrofe natural, ou provocada, como um incêndio ou uma guerra, causar a extinção de uma espécie vegetal, como o caju, o cacau ou a castanha, por exemplo? Seria muito ruim, né?
Para evitar esse cenário, vários países guardam material genético das plantas usadas na alimentação da população, tanto para pesquisa quanto para garantir a reposição em caso de uma emergência. Em linguagem de computador, seria uma espécie de back-up, ou cópia de segurança.
No Brasil, o armazenamento de sementes é feito pela Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. A especialista da Embrapa Aluana Abreu, conta que essa reserva biológica é feita desde a década de 1970 e explica como as sementes são conservadas.
E existe também um banco mundial, o Cofre Global de Sementes, que fica em Svalbard, na Noruega, um dos locais mais isolados do planeta e projetado para resistir a furacões, terremotos e até ataques nucleares.
Com segurança máxima, ali estão guardados mais de um milhão e 100 mil amostras de sementes, de quase 5 mil e 500 espécies vegetais, enviadas desde 2008, por mais de 80 países.
O Brasil também está representado no Cofre de Svalbald. Desde 2012, já foram enviadas cerca de 5 mil amostras brasileiras para lá. A especialista da Embrapa, Aluana Abreu, fala sobre as espécies brasileiras guardadas em Svalbard:
As sementes guardadas na Noruega já foram usadas em situações de emergência, caso de países que enfrentam conflitos, como Síria e Ucrânia, em que bombardeios destruíram os bancos nacionais de sementes. As sementes enviadas para o cofre são propriedade do país, e não podem ser retiradas por outro, mas existe o compartilhamento de espécies comuns entre os países.