Como já é de costume na região central do Brasil, a chuva demora um certo tempo para voltar a cair. O Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, contabilizou mais de noventa dias sem precipitações no Norte de Minas Gerais, Oeste da Bahia, em Goiás e no Distrito Federal. O que é considerado comum para a região.
No entanto, o levantamento do Inmet detectou que as chuvas foram mais escassas este ano. Com a umidade relativa do ar chegando a menos de 30% – índice mínimo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde – quem sofre é a saúde de pessoas e animais.
A redução da umidade relativa do ar provoca mal estar e piora quadros respiratórios ou alérgicos.
O médico pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Paulo Correia, explica que, nesse período, é importante manter o organismo e o ambiente hidratados. Para o corpo, há formas diferentes de se hidratar, que são importantes no dia a dia, segundo ele.
O especialista ainda destaca a importância de umedecer o ambiente, como o quarto, com aparelhos umidificadores, já que não existem estudos que comprovem a eficácia de toalhas úmidas. O pneumologista Paulo Correia ainda explica que os efeitos da baixa umidade atinge mais os idosos e as crianças, principalmente com menos de dois anos.
O pequeno Miguel de oito anos sempre desenvolve tosse alérgica nesse período de seca. E é justamente o período em que avó dele, a aposentada Francisca Nascimento, mais o leva para unidades de saúde, no Distrito Federal.
De acordo com o meteorologista do INMET, Olívio Bahia, a região central do país deve enfrentar, ainda, mais dois meses de estiagem, com atenção para os baixos índices de umidade do ar.
O fim da estiagem, conforme destacado, deve trazer chuvas dentro e acima da média, na maior parte do centro do Brasil, principalmente em outubro. Além disso, é importante ficar atento para as queimadas nesse período seco, quando as vegetações estão secas e os incêndios florestais ficam mais frequentes.
Com produção de Renato Lima.