Cinco bingos clandestinos foram fechados durante uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro, nesta terça-feira. Dois funcionavam no bairro de Copacabana, na Zona Sul, e o restante no Centro e na Zona Norte, nos bairros de Vila Isabel e Bonsucesso.
Os agentes do MP também cumpriram mandados de busca e apreensão nos locais, e em outros endereços ligados aos grupos criminosos que exploram os jogos de azar na cidade. Ao todo, 26 mandados de prisão e 57 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça.
O principal alvo é o contraventor Bernardo Bello, apontado como um dos chefes da quadrilha e que, até maio, estava preso na Colômbia, acusado de ser o mandante do assassinato de um rival com quem disputava pontos de jogo do bicho. Ele foi libertado após um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com a investigação o grupo contava com a cobertura de policiais militares, por isso, diversos PMs também estão na lista de investigados, incluindo o ex-secretário de Policia Militar do estado, Cel. Rogério Figueiredo de Lacerda, exonerado em agosto do ano passado e que foi alvo de uma ação de busca e apreensão.
A investigação começou a partir de uma denúncia sobre um bingo clandestino que estaria funcionando no bairro de Copacabana, com a permissão de policiais. No curso dos trabalhos, o MP identificou o responsável por confeccionar as cartelas, que seriam distribuídas para diversos bingos, operados por quadrilhas diferentes, em vários pontos do estado.
Além de explorar a atividade ilegal, esses grupos fraudavam os jogos para obter lucros maiores, corrompiam policiais para garantir impunidade, e se envolviam em violentas disputas por território.
