Cada vez mais brasileiros decidem buscar melhores condições de vida e trabalho em Portugal. Mas uma mudança na política de concessão de vistos, que deveria facilitar a entrada de quem quer trabalhar no país, acabou virando uma dor de cabeça para centenas de pessoas.
Em novembro do ano passado, o governo português passou a permitir que imigrantes solicitem um visto com validade de 120 dias, renováveis por mais 60, para tentar conseguir uma ocupação durante esse período e, então, pedir a autorização para a residência definitiva.
Já no primeiro dia depois da mudança, a assessora parlamentar Fernanda do Nascimento, que mora no Rio de Janeiro, foi até a empresa terceirizada, contratada pelo consulado de Portugal para entregar a documentação exigida e pagar as taxas de cerca de R$ 1 mil.
Com a expectativa de que o visto seria concedido em até 60 dias, ela se preparou para a mudança. Mas, até agora, não teve nenhuma resposta.
A demora está afetando pessoas de diversos estados brasileiros. A advogada Mariellen Vieira Gomes mora em Vila Velha (ES), mas faz parte de um grupo com cerca de 200 pessoas tentando obter o visto com o consulado, mas nenhuma delas conseguiu até esta segunda-feira (dia 23) data em que uma pequena manifestação foi feita em frente à representação diplomática pedindo respostas.
Além de pagar as taxas, os futuros imigrantes precisam tomar outras providências, como reservar o equivalente a três salários mínimos de Portugal, cerca de R$ 13 mil e contratar seguro-viagem.
O consulado não enviou nenhum posicionamento até o fechamento desta reportagem.
