Quem chega na região afetada pelas tempestades do último fim de semana no litoral norte paulista encontra um cenário de guerra: casas destruídas e muita terra espalhada que surgiu dos deslizamentos.
Até o momento, foram confirmadas 54 mortes. Uma em Ubatuba e 53 em São Sebastião, cidade mais castigada pelas chuvas. Lá, o comércio tenta retomar a rotina. O setor de serviços é responsável por quase 85% do Produto Interno Bruto do município. Mas não é fácil.
No bairro Topolândia, as lojas que ficam na área atingida pela lama seguem quase todas fechadas. A oficina de recicláveis do Vitor Mendes é uma exceção.
Mesmo em meio a tristeza, a comunidade de São Sebastião mostra força. Moradores do bairro se reuniram pra ajudar com doações e mesmo auxiliar na distribuição dos donativos às famílias afetadas.
Segundo o Fundo Social de Solidariedade Paulista, mais de 112 toneladas de doações já foram arrecadadas em postos espalhados pelo estado, mas há quem tenha vindo de longe pra prestar apoio às vítimas, como o Luiz Antônio, da ONG Um Olhar, que encarou 16 horas de viagem desde Duque de Caxias na Baixada Fluminense.
Os mantimentos vão ajudar a família do Gilberto Lopes, que é pai de uma criança com dez dias de vida e que teve a casa invadida pela água. Uma cidade que, aos poucos, tenta se reconstruir, mas que ainda teme novas tragédias