15 de fevereiro de 2022. Em apenas seis horas, choveu mais do que era esperado no mês inteiro de janeiro na cidade de Petrópolis. Rios transbordaram, ruas ficaram alagadas e em diversos locais aconteceram deslizamentos de terra. O município entrou em estado de calamidade pública.
Mais de 200 pessoas morreram na maior tragédia provocada pela chuva na cidade da região serrana do Rio. Em diversos pontos do município a lama invadiu casas e lojas.
O comerciante Renan Souza estava trabalhando quando a chuva começou e lembra como tudo aconteceu.
Renan voltou a trabalhar, mas ainda sente medo e se emociona ao falar da tragédia.
Assim como a loja de Renan, diversas construções e ruas foram recuperadas e no centro histórico de petrópolis não existe mais nenhum sinal da tragédia, mas nem toda a cidade voltou a ter uma vida normal.
Nas encostas ao redor do Morro da Oficina, o lugar mais atingido pela chuva onde mais de 90 pessoas morreram, praticamente nada mudou. Quem mora no local sempre fica assustado quando começa a chover. Este é o caso de Ana Lucia Chandrette que é presidente da Associação de Moradores. Ela perdeu amigos que foram soterrados e continua vivendo com medo.
A aposentada Amélia Pinto, que é uma das moradoras mais antigas do Morro da Oficina, reclama do abandono e diz que sempre fica preocupada quando chove em Petrópolis.
A prefeitura de Petrópolis informou que este ano pretende investir R$ 101 milhões para realizar obras no município e vai destinar para a Defesa Civil mais de R$ 5 milhões.