Mais uma vez, o ministro da Justiça, Flávio Dino, esteve no Congresso.
Dessa vez, no Senado, na Comissão de Segurança Pública. Ele foi chamado para falar da política de armas. E trouxe um balanço. Disse que foram recadastradas mais armas do que as originalmente cadastradas, mas que, com relação às de uso restrito, mais de seis mil delas não foram recadastradas.
O ministro afirmou que a tendência é que haja mais operações de apreensão de armas ilegais, a exemplo da que houve na semana passada. E trouxe um comparativo. Por exemplo, no ano passado, foram apreendidos 12 fuzis. Este ano, só nesses primeiros cinco meses, foram 114.
E, claro, como não poderia deixar de ser, cada vez que Dino vai ao Congresso, os ânimos entre os parlamentares, muitas vezes, ficam acirrados. O senador Marcos do Val chegou a insinuar que o ministro tinha conhecimento da atuação dos golpistas no 8 de janeiro. Ao que Flávio Dino ironizou.
Numa referência ao fato do senador se autointitular ex-instrutor da Swat, a unidade especial de polícia dos Estados Unidos.
Já ao ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, Dino lançou uma alfinetada: disse que nunca teve uma sentença anulada quando era juiz, nem fez conluio com o Ministério Público, lembrando o fato de o STF ter anulado as condenações que o ex-ministro aplicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato. Ao que Moro acusou o ministro de o tratar “com deboche”. Na tréplica Dino rebateu, nas palavras dele: vim ao Senado para ser respeitado e não para ter a palavra cerceada.