Vinte e seis presos do sistema carcerário do Rio de Janeiro, considerados líderes criminosos e de alta periculosidade, serão transferidos para presídios federais em outros estados.
A decisão é do juiz Marcel Laguna Duque Estrada, titular da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Estado, e atende a solicitação do governador Cláudio Castro.
Os criminosos estão isolados na penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, a primeira de segurança máxima construída no país há 35 anos e conhecida como Bangu 1, no Complexo de Gericinó, na zona oeste da capital fluminense.
O governo do Estado informou que os requerimentos de transferência foram encaminhados à Vara de Execuções Penais acompanhados de relatórios de inteligência, apontando que essas lideranças criminosas atuam ativamente na instabilidade da segurança pública no Estado.
As transferências – que têm o objetivo de evitar novas associações e articulações para a prática de crimes - ainda não começaram; mas, em todo o Estado, policiais militares, civis, penais e bombeiros estão de prontidão.
O plano de contingência montado é para impedir que haja reações por parte das facções criminosas e milícias.
As vagas foram disponibilizadas pelo governo federal e o anúncio foi feito nessa segunda-feira em uma solenidade que contou com a participação do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Na mesma cerimônia, Castro e Dino assinaram um acordo de cooperação que prevê o aumento da capacidade do sistema penitenciário estadual, com a construção de dois presídios, e a custódia federal de presos indicados pelo estado do Rio, segundo critérios de periculosidade previamente estipulados.