A semana que vem pode ser complicada para quem usa diariamente o metrô na cidade de São Paulo. É que a categoria dos metroviários pode cruzar os braços a partir da próxima terça-feira, dia 15. O anúncio de uma possível paralisação aconteceu nesta sexta-feira (11), mas a decisão vai acontecer vai em assembleia, na segunda-feira (14) à noite.
O motivo apontado pelo sindicato dos metroviários é que o governador Tarcísio de Freitas pretende privatizar todas as linhas do metrô paulistano. No próximo dia 28, por exemplo, está agendado um pregão para a contratação da empresa terceirizada que vai responder pela manutenção da linha de trem monotrilho, que opera na zona leste. Também está em estudo, encomendado pelo governo paulista, a concessão para a iniciativa privada das linhas restantes da CPTM, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
O sindicato não concorda, e argumenta que esse tipo de serviço é muito importante, e que ficar nas mãos de empresas que visam lucro representa riscos à segurança dos passageiros e funcionários. Atualmente, duas linhas de trem e duas de metrô já estão com a iniciativa privada, pela empresa CCR. O sindicato alega que o sistema ali está operando com menos funcionários do que o necessário, com sobrecarga de trabalho.
Sobre a possível greve de terça-feira, o sindicato divulgou nota em que garante que a circulação do metrô não vai ser afetada, para não prejudicar a população. O sistema vai funcionar com as catracas liberadas.
Nós solicitamos um posicionamento do governo paulista, mas até o fechamento desta edição, não tivemos retorno.