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Justiça

Julgamento do caso Genivaldo entra no sétimo dia nesta segunda-feira

Ex-policiais rodoviários federais são acusados de tortura e homicídio
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Dayana Vitor - Repórter da Rádio Nacional
02/12/2024 - 07:30
Brasília
Brasília-DF, 24/07/2023, PRF faz ação de conscientização, durante comemoração dos 95 anos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
© Antônio Cruz/Agência Brasil

O julgamento dos réus do caso Genivaldo, que morreu em 2022 dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe, entra no sétimo dia nesta segunda-feira. Os acusados são três ex-policiais rodoviários federais: Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Cléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia.

No episódio que resultou na morte de Genivaldo, ele foi trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogêneo.

O julgamento ocorre no Fórum Estadual da Comarca do município sergipano de Umbaúba desde o dia 26 de novembro. No primeiro dia, familiares e amigos de Genivaldo acenderam velas em sua memória e protestaram por justiça.

Até o último dia do Tribunal do Júri, serão ouvidas 15 testemunhas de defesa, sendo cinco de cada réu. Após essa fase, os peritos do caso vão prestar depoimento e, na sequência, os réus serão ouvidos. Depois, começam os debates, e, por fim, haverá a votação da sentença pelos jurados.

O Tribunal do Júri é composto por quatro homens e três mulheres, que vão decidir se os ex-policiais são culpados ou inocentes. Eles respondem pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.

Na ocasião da abordagem, Genivaldo, que fazia tratamento para esquizofrenia, pilotava uma moto sem capacete na BR-101, na cidade de Umbaúba, interior de Sergipe. Ele não estava armado e não possuía antecedentes criminais. Mesmo assim, foi imobilizado e colocado no porta-malas de uma viatura com gás lacrimogêneo.O laudo do IML comprovou que Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Em agosto de 2022, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou a demissão dos três policiais envolvidos na morte. Eles estão presos desde outubro daquele ano.

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