O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro, será ouvido na CPI Mista dos Atos Golpistas na terça-feira (19). Ele será questionado sobre articulações para tentar reverter o resultado das eleições do ano passado e impedir a posse do presidente Lula. “Esclarecer o papel desempenhado por setores políticos e militares nas ações relacionadas à trama golpista”, como argumentou a deputada Jandira Feghali num dos requerimentos de convocação. Braga Netto foi candidato à vice na chapa que tentou reeleger Jair Bolsonaro.
O depoimento está marcado para às 9h. O general irá na condição de testemunha, o que dará a ele o direito de ficar calado e de não responder a todas as perguntas para não se autoincriminar.
A semana também deverá ser de articulação por uma reunião deliberativa para votação do requerimento que pede uma acareação entre Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens dele, Mauro Cid.
A relatora, senadora Eliziane Gama, apresentou um requerimento pedindo que os dois fiquem frente a frente. Ela alega que a vinculação dos dois se deu no “estrito cumprimento de ordens superiores, aparentemente antijurídicas”. E por isso, considera ser fundamental que o requerimento seja aprovado.
Esse requerimento de acareação entre Mauro Cid e Bolsonaro ainda precisa ser colocado em votação. E o presidente da CPMI já avisou que só vai colocar na pauta se tiver acordo. Ele defende a convocação também da cúpula da Força Nacional.
A CPMI já começa a se aproximar do encerramento, a senadora Eliziane afirmou que começou a fazer o relatório final e que vai pedir diversos indiciamentos, inclusive de militares. Ela chegou a defender, a prorrogação da CPMI para que se tenha mais tempo tanto para as oitivas quanto para a análise de documentos.