O Rei do maior grupo étnico de Angola, Tchongolola Tchongonga Ekuikui VI, chegou ao Rio nesta terça-feira (7) para dois dias de agenda na cidade.
Na programação da visita do Rei de Angola ao Rio, está um passeio no Cais do Valongo, onde desembarcou a maioria dos escravizados vindos da África para o Brasil.
O Rei também vai participar de um encontro de quilombolas no Quilombo no Camorim, o mais antigo do Rio de Janeiro. O local foi ocupado por pessoas escravizadas trazidas de Angola.
Outro item da agenda é um seminário sobre cultura e pluralidade religiosa na favela da Maré, região onde se concentra o maior número de migrantes angolanos que vivem no Rio de Janeiro.
Perguntado sobre o objetivo da visita ao Rio de Janeiro Tchongolola disse que a ideia principal é deixar uma mensagem de paz, trabalho e união para o país.
O Rei participou de um debate sobre a importância da reparação histórica para a população negra brasileira no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, com presenças da jornalista Louise Freire e do professor doutor Babalaô Ivanir dos Santos, que além de falar da relevância da visita, enumerou as principais influências de Angola na cultura carioca.
Antes do Rio, o Rei esteve em São Paulo, a convite do Centro Cultural Casa de Angola.
O Rei Tchogolola Tchongonga Ekuikui VI é o soberano de número 37 do reino do Bailundo, sul de Angola. Aos 39 anos, pertence à linhagem de Ekuikui. Ele é formado em Direito Costumeiro, em línguas na República da Namíbia, fala quatro idiomas, uma delas é o idioma Umbundu, língua oficial do Reino do Mbailundo, além de falar francês, português e inglês.