O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, voltou a ter migrantes acampados no terminal. Desta vez, são quase 300 pessoas, a maioria asiáticas, de países como Nepal, Vietnã e Índia.
Somente no último fim de semana, chegaram 189 migrantes. E na segunda-feira, outros 89. Está sob investigação se esse fluxo inesperado tenha relação com possível contrabando de migrantes.
Ao contrário dos cidadãos do Afeganistão, que têm direito a visto de acolhida humanitária desde que o Talibã voltou ao poder, em 2021, os migrantes que estão chegando ao país nos últimos dias não têm esse benefício garantido automaticamente.
Segundo a prefeitura de Guarulhos, neste momento, os migrantes estão sob procedimentos da Polícia Federal. E cerca de 150 deles já teriam solicitado refúgio no país.
A concessionária que administra o aeroporto acionou a Defensoria Pública da União, que enviou uma recomendação para o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) e também para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e gestores de companhias aéreas.
Como há famílias com crianças dormindo no chão da área dos portões de embarque, pessoas sem acesso a banho e menores desacompanhados, a Defensoria pediu auxílio excepcional e material aos migrantes.
