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Mortes violentas na Amazônia são 45% mais altas que média nacional

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Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional
02/12/2023 - 04:00
São Paulo
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e os chefes de missões diplomáticas à Amazônia Oriental, fazem sobrevoo sobre a Floresta Nacional de Carajás e visita à mineradora Vale.
© TV Brasil

A taxa de mortes violentas na Amazônia é 45% mais alta que a média nacional.

No ano passado, o Brasil registrou cerca de 23 mortes violentas intencionais, para cada grupo de 100 mil habitantes.

Já na região da Amazônia Legal, foram quase 34 mortes para cada por 100 mil. Uma taxa 45% mais alta.

Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Instituto Mãe Crioula, a partir dos números informados pelas secretarias estaduais de Segurança Pública e do IBGE.

A violência é generalizada. Todos os crimes tiveram resultados piores na Amazônia que no restante do país: homicídios, feminicídios, homicídios contra indígenas, estupros e registros de armas.

Nas áreas consideradas urbanas, a diferença é ainda maior, com índices de violência 52% acima das cidades do restante do país.

A taxa de feminicídio nos municípios amazônicos é mais de 30% superior que a média nacional. Somados aos casos de homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, o índice fica 34% acima da violência contra mulheres registrada no país.

De acordo com o relatório, cerca de 1/3 dos moradores da Amazônia Legal vive em áreas conflagradas pela disputa de facções criminosas e isso tem relação com a ampliação da população carcerária.

Em dez anos, a taxa de pessoas privadas de liberdade na Amazônia Legal cresceu 67%, enquanto a média nacional o crescimento foi de 43%.

Segundo o levantamento, o desmatamento, conflitos fundiários, a mineração ilegal e a disseminação de facções criminosas que atuam especialmente no narcotráfico explicam o aumento da violência que acontece há cerca de uma década e ameaçam especialmente povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

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