Operação apreende passaporte de Bolsonaro e prende assessores
O ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus assessores e aliados são alvos de operação da Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de Estado. A Tempus Veritatis foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A decisão proibiu Bolsonaro deixar o país e determinou a entrega do seu passaporte. Ele também não pode falar com outros investigados.
Dois assessores do ex-presidente foram presos: o coronel Marcelo Câmara, que era ajudante de ordens; e Filipe Martins, que era assessor para Assuntos Internacionais da Presidência.
A defesa de Filipe Martins disse que o advogado João Vinícius Manssur não teve acesso à decisão; e solicitou o acesso aos autos para se manifestar. Até o momento, a defesa de Marcelo Câmara não se manifestou.
Outros alvos de mandados de prisão são o tenente coronel Rafael Martins de Oliveira e o coronel Bernardo Romão Correa Neto, que está nos Estados Unidos.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não era alvo de mandado de prisão, mas foi preso em flagrante por porte de arma ilegal.
Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão.
Além dos quatro presos e do Valdemar Costa Neto, também estavam entre alvos os ex-ministros Anderson Torres, da Justiça; Augusto Heleno, do GSI; Braga Netto, da Casa Civil; e Paulo Sergio Nogueira, da Defesa.
As defesas de Anderson Torres e Valdemar Costa Neto informaram que só vão se manifestar após terem acesso aos autos.
A reportagem segue tentando contato com as outras defesas.
No total, 16 militares são investigados. O Exército informou que acompanha a operação e presta todas as informações necessárias às investigações.