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Justiça pede explicação do CFM sobre resolução que proíbe aborto

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Ana Lúcia Caldas - repórter da Rádio Nacional
09/04/2024 - 10:35
Brasília

A Justiça Federal em Porto Alegre deu um prazo de 72 horas, nessa segunda-feira (8), para o Conselho Federal de Medicina se manifestar sobre resolução aprovada na semana passada, que proíbe a prática do aborto legal em gestações com mais de 22 semanas. A lei autoriza o aborto em três casos no Brasil: gravidez decorrente de estupro; risco à vida da mulher; e anencefalia do feto.

O pedido de explicação foi feito pela juíza Paula Weber Rosito, da 8ª Vara Federal de Porto Alegre; em resposta a ação do Ministério Público Federal que pede que a resolução seja anulada. O documento também é assinado pela Sociedade Brasileira de Bioética e pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde.

A Ação Civil Pública diz que, ao editar a norma, o Conselho assumiu competência que é do Congresso Nacional para legislar sobre o tema.

Além disso, a Resolução viola o Código de Ética Médica e tratados internacionais de Direitos Humanos.

Ao editar a norma, o Conselho argumentou que, uma vez passadas 22 semanas, “há chance de vida fora do útero”, razão pela qual os médicos não estão mais autorizados a realizar a chamada Assistolia Fetal, um procedimento que leva à morte do feto.

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