Enfrentar o trânsito, com engarrafamentos e transporte público deficiente, é uma parte dura do cotidiano de muitos brasileiros. Os longos trajetos entre os locais de trabalho impactam de forma direta na qualidade de vida das pessoas, afetando inclusive a saúde e produtividade profissional.
Levantamento da CNI, Confederação Nacional da Indústria, mostra que 8% da população gasta mais de três horas no deslocamento entre a casa e o trabalho ou local de estudos.
O carioca Carlos Rafael da Cruz Novais reclama das horas perdidas por ele, diariamente. São duas conduções na ida e três na volta para casa…
Dados do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mostram que São Paulo, Brasília e Rio de janeiro são as cidade onde os congestionamentos mais impactam no acesso a oportunidades de emprego. Em geral, os mais atingidos são moradores de áreas periféricas.
Para o professor Pedro de Morais, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio, é importante ter um olhar atento às dificuldades de mobilidade e ao planejamento dos espaços urbanos e periféricos…
O chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor Marcelino Aurélio, ressalta que, embora seja um desafio, os sistemas de mobilidade precisam garantir a qualidade de vida do trabalhador e da população, em geral, com menor tempo de deslocamento e melhores condições de transporte urbano.
Sobre a temperatura nos ônibus que circulam no Rio, a Secretaria Municipal de Transportes informou, por meio de nota, que os veículos são vistoriados rotineiramente e que 80% da frota convencional já está climatizada. A Secretaria também disse que, no último ano, foram aplicadas cerca de 7,8 mil multas aos consórcios por problemas de conservação e falta de ar-condicionado nos ônibus.
*Com colaboração de Bruno Moura