O deputado Chiquinho Brazão afirmou nesta quarta-feira (24), durante reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, que é inocente e vai provar sua inocência. O parlamentar, que está detido no presídio da Papuda, em Brasília, falou na reunião por videoconferência.
Brazão é alvo de pedido de cassação apresentado pelo PSOL, depois que foi preso acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Em sua fala, Chiquinho Brazão disse que compreende o momento por qual a Câmara está passando devido à grande relevância do crime e da pressão da mídia.
De acordo com a Agência de Notícias Câmara, Brazão pediu na Justiça para participar da reunião. O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto, considerou que mesmo não sendo o momento da defesa se manifestar, o parlamentar teria o direito de usar a palavra.
A defesa de Brazão vai ser apresentada depois da escolha do relator do pedido de cassação, que deve acontecer na próxima reunião do Conselho.
A sessão desta quarta-feira sorteou o deputado Jorge Solla, do PT, da Bahia, para integrar a lista tríplice de onde vai sair o nome do relator do pedido de cassação. Ele se junta aos nomes de Jack Rocha (PT-ES) e Joseildo Ramos (PT-BA) na disputa pela relatoria.
O deputado Jorge Solla entrou no lugar da deputada Rosângela Reis, do PL, de Minas Gerais, que pediu para ser excluída da lista dos possíveis relatores. Foi a quarta desistência. Outros três parlamentares sorteados também desistiram. O presidente do Conselho de Ética é quem vai escolher o relator a partir da lista tríplice.