Canoas vai precisar de apoio para retirar a água da inundação que está represada para dentro da cidade. O pedido é do prefeito da cidade, Jairo Jorge, que conversou com a Rádio Nacional.
A cidade conta com um dique de cota de cinco metros para se proteger da elevação dos rios, só que, desta vez, o rio subiu 5 metros e 30 centímetros. O problema agora é que o dique segura a água pra dentro da cidade.
“Estamos iniciando uma grande operação para reunir, para colocar motobombas, pra que a gente possa, com isso, retirar as águas. É um pedido pra que empresas, grupos empresariais, governos, prefeituras, possam nos ajudar, pra que a gente tenha essas motobombas pra fazer um grande mutirão e retirar as águas. Se não, a cidade fica inviabilizada”, afirma Jairo Jorge.
Canoas tem 347 mil habitantes, sendo que 155 mil tiveram que deixar suas casas. Foram 70 mil residências destruídas total ou parcialmente pela água, segundo o prefeito.
Das 83 escolas, a cidade perdeu 41. Jairo conta que 19 unidades básicas de saúde foram destruídas, assim como três das quatro unidades de pronto atendimento.
“Nós perdemos um pronto-socorro. Era o segundo pronto-socorro do Rio Grande do Sul, que foi inundado até o segundo piso. Perdemos equipamento... acredito que só pra recuperar a infraestrutura nós vamos gastar mais de R$ 200 milhões. Só pra limpar a cidade são R$ 70 milhões”, calcula.
Segundo o prefeito, o abastecimento de água está sendo normalizado, mas há partes da cidade que ainda não recuperaram o serviço.
Em seis dias, foram distribuídas cestas básicas para mais de 100 mil pessoas no município. Com o frio chegando, ele pede colchões, agasalhos e cobertores para atender a população que está desalojada.
E reforçou o pedido de evacuação do bairro Niterói e das regiões do Mathias Velho, Rio Branco, Fátima, Mato Grande, Harmonia e São Luís. Com a chuvas previstas, há risco de mais inundações.
