Neste Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, foi lançada a Agenda de Enfrentamento à Fome e à Pobreza com Foco em Mulheres Negras. Com cinco grandes metas e 26 ações, o programa receberá investimentos de mais de R$ 330 milhões, feitos pelo ministério da Igualdade Racial e ministério do Desenvolvimento Social.
Entre essas ações estão o incentivo a cozinhas solidárias, a ampliação do cadastramento de grupos tradicionais mais vulneráveis nas políticas de assistência do governo e a produção de estudos sobre segurança alimentar com dados sobre gênero e raça.
A ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco, deu mais detalhes sobre os investimentos:
"a gente vai investir em formação para os gestores, porque a gente sabe que os gestores e gestoras é que fazem chegar a política a quem está na ponta. Estudos e pesquisas e dados, porque a gente precisa dos dados para que a gente saiba onde está e onde a gente quer chegar. E o fomento para cozinhas solidárias e projetos liderados por mulheres negras, porque quem sabe melhor resolver o problema da fome é quem está no dia a dia com isso.
De acordo com dados do IBGE, cerca de 40% das mulheres pretas e pardas do Brasil vivem em situação de pobreza. Além disso, a maior parte dos lares brasileiros onde há insegurança alimentar grave são chefiados por mulheres e por pessoas pretas e pardas.
A agenda foi lançada durante o Encontro Estratégico de Combate à Fome no estado do Rio de Janeiro. Durante o evento, que foi realizado no Palácio Guanabara, o governo do Rio fez a adesão ao Plano Brasil Sem Fome do governo federal.
