Joinville vai começar a usar bactéria wolbachia no combate à dengue
A região Sul do país acaba de ganhar a primeira biofábrica para produzir o chamado “mosquito do bem”, método inovador de combate à dengue. Situada em Joinville, Santa Catarina, e viabilizada com apoio do Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, a unidade usa o método que introduz nos mosquitos a wolbachia, bactéria presente em 60% dos insetos, mas que não é encontrada naturalmente no Aedes Aegypti.
Os wolbitos, como são chamados os Aedes com a wolbachia, têm a capacidade de bloquear a transmissão de arboviroses como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A soltura dos mosquitos com a wolbachia em vias públicas de Joinville está prevista para começar ainda este mês, como detalha o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Luciano Moreira, líder do método no Brasil.
Cinco cidades do país já utilizam a técnica. Entre elas, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde houve uma redução dos casos de dengue em 90%.
Luciano Moreira destaca que a parceria com a comunidade e governo é importante para o sucesso da iniciativa.
Até o fim do ano, o método deve chegar a mais seis cidades. Além do Brasil, Indonésia, Austrália e Colômbia também participam da pesquisa em parceria com o World Mosquito Program, iniciativa internacional para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos.