A Polícia Federal resgatou, nessa terça-feira (2), em São Paulo, 22 pessoas vítimas de uma rede de aliciamento para exploração sexual, a maioria mulheres transexuais. A suspeita de liderar a quadrilha foi presa na operação.
As investigações começaram após o Ministério dos Povos Indígenas encaminhar à Polícia Federal informações sobre o funcionamento do que seria uma rede de aliciamento. Os agentes apuraram que os investigados agenciavam, recrutavam e alojavam pessoas, com ameaças e fraudes.
A coordenadora-geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marina Bernardes, disse que meninas e população LGBTQIA+ são as mais vulneráveis, o que demonstra a necessidade de ações, tanto de prevenção quanto de proteção, voltadas a essas populações.
Segundo Marina Bernardes, esse caso é caracterizado pelo protocolo de Palermo, ratificado pelo Brasil em 2004.
Trata-se do primeiro instrumento internacional com definição do que é o tráfico de pessoas e diz que este tipo de crime é uma grave violação de vários direitos, em que uma pessoa é convencida, convidada ou enganada a aceitar uma proposta que resultará em uma forma de exploração.
*Com informações da Agência Brasil