O Programa Casa Odara envolve a revitalização inicial de pelo menos 100 terreiros de religiões de matriz africana localizados em Salvador, Bahia, até o fim deste ano. O primeiro espaço requalificado foi o Terreiro Ilê Axé Omim Deua, que fica no bairro Fazenda Grande IV.
O projeto de melhorias na infraestrutura dos terreiros foi lançado em maio passado. Através de um cadastro já realizado na Prefeitura, os representantes dos terreiros poderão indicar as intervenções mais urgentes nos espaços, como reboco, pintura e substituição de telhado, com investimento de até R$30 mil por imóvel. O “Odara” também prevê a regularização fundiária de terreiros.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, destacou que a iniciativa é mais um movimento de combate à intolerância religiosa e também de reparação histórica.
“Reparação, se a gente for pro dicionário, é corrigir, adotar políticas de reparo. Então, nós, efetivamente precisamos, colocar em prática o Estatuto da Igualdade Racial e Intolerância Religiosa. Inicialmente era só o tombamento dos terreiros, agora as reformas. E a gente vai fazer esse trabalho em toda cidade de Salvador para dar o título de propriedade, que é a segurança definitiva.
Desde 2014, a Secretaria da Reparação de Salvador já mapeou e inscreveu quase 1,2 mil terreiros na capital baiana. A meta do Projeto Casa Odara é reformar e reestruturar pelo menos mil destes, até 2028.