A Força Aérea Brasileira encerrou, nesta segunda-feira (12), as investigações iniciais sobre o local da queda do avião da Voepass, na cidade de Vinhedo, em São Paulo.
Com isso, a retirada da aeronave, a limpeza e higienização da área, dos bens e dos destroços poderão ser feitos pela companhia aérea.
Segundo a FAB, em 30 dias, um relatório preliminar do acidente será divulgado pelo Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
A investigação entra agora na fase de análise de dados, por exemplo, de atividades relacionadas ao voo, ao ambiente operacional e aos fatores humanos.
Ainda será feito estudo de componentes, equipamentos, sistemas e infraestrutura.
O chefe do Cenipa, o brigadeiro do ar Marcelo Moreno, informou que as gravações das caixas pretas foram recuperadas com sucesso e que não houve comunicação de emergência da tripulação com o controle de tráfego aéreo.
Já os dois motores da aeronave serão analisados pela Aeronáutica, em São Paulo.
Os investigadores querem saber se durante o impacto, os motores estavam ou não desenvolvendo potência.
De outro lado, o especialista em Segurança de Aviação, Paulo Licati, aponta a presença de gelo no ar como um outro fator que pode ter contribuído para a queda do avião turboélice.
Ele relata uma situação parecida, mas numa aeronave de porte menor.
Nesta segunda-feira, a FAB colocou à disposição um avião para o transporte de caixões das vítimas do acidente.
Relatos de parentes dão conta que apenas um telefone 0800 foi disponibilizado para informações.
A Secretaria Nacional do Consumidor vai notificar ainda, nesta segunda, a companhia aérea para ampliar o atendimento aos familiares.
A reportagem entrou em contato com a Voepass e aguarda um posicionamento da empresa.