Operação contra garimpo em Terra Indígena Yanomami prende 38 pessoas

Trinta e oito pessoas foram presas na Terra Indígena Yanomami, neste mês, durante ações das forças de segurança contra o garimpo ilegal na região. Parte dessas prisões ocorreu no centro-norte da Terra Indígena, dentro do Estado de Roraima, em regiões próximas da fronteira com a Venezuela.

Garimpeiros também foram presos fora da Terra Indígena. No último dia 24, três deles foram detidos pela Polícia Federal na Estação Ecológica de Maracá, que fica bem ao lado do território.

De acordo com dados da Casa de Governo, órgão responsável pela coordenação das operações, 64 acampamentos foram destruídos. As forças de segurança também inutilizaram 4 balsas, 20 antenas de internet Starlink, 70 geradores de energia e 2 aeronaves.

Dentre os minérios provavelmente extraídos da região, foram apreendidos 18 gramas de ouro e 25 toneladas de cassiterita - material usado para produzir lata de alimentos, acabamento de carros, fabricação de vidros e usado até na tela dos celulares.

Desde julho do ano passado, uma outra operação ocorre na região da floresta amazônica. O Plano de Proteção do Vale do Javari realizou 36 operações de fiscalização no território, por meio da Funai. Ações da Polícia Federal contra o tráfico de drogas e crimes ambientais resultaram em 173 prisões, mais de R$ 133 milhões em bens apreendidos e R$ 6 bilhões em sequestros de bens, nessa que é a segunda maior Terra Indígena do Brasil.

Já o Ibama, de junho de 2023 a junho deste ano, apreendeu e destruiu mais de 94 dragas de garimpo, e lavrou autos de infração que resultaram em quase R$ 16 milhões em multas. Ao todo, quase uma tonelada e meia de pescado irregular foi apreendida no Vale do Javari.