Governo apura denúncias de assédio envolvendo ministro Silvio Almeida
Depois das denúncias de assédio sexual inclusive contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o presidente Lula foi claro: o ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, não deverá ficar no cargo. A situação dele será discutida nesta sexta-feira à tarde, assim que o presidente retornar de viagem à Goiânia. Foi a primeira vez que Lula falou sobre o assunto depois do caso vir à público. Em entrevista à uma rádio de Goiânia, o presidente afirmou que irá conversar com os dois ministros separadamente no Palácio do Planalto.
Reportagem publicada no site Metrópoles, afirma que Sílvio Almeida foi denunciado à organização Me Too Brasil por supostos assédios sexuais contra mulheres, entre elas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
O presidente Lula afirmou, ainda, que assim que soube das denúncias, determinou que o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, entrassem em campo e convocassem Sílvio Almeida para uma conversa.
A Comissão de Ética da Presidência da República se reuniu na manhã desta sexta e decidiu abrir procedimento preliminar para pedir esclarecimentos ao ministro. E o próprio Sílvio Almeida, que nega as acusações, e as classifica de ilações absurdas, enviou ofícios à Controladoria Geral da União, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República.
Silvio Almeida também acionou a Justiça. Ele entrou com uma petição contra a Me Too Brasil para que a organização esclareça - em 48 horas - uma série de questionamentos, como os procedimentos tomados durante uma denúncia e métodos de apuração e averiguação. Anielle Franco ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.
O Ministério das Mulheres em nota afirmou que considera o caso grave e pede uma apuração rápida e com rigor. A organização Me Too Brasil confirmou que recebeu as denúncias.