A desigualdade salarial entre homens e mulheres piorou no segundo Relatório de Transparência Salarial, divulgado nesta quarta-feira (18) pelo governo federal.
O levantamento com dados da Rais, Relação Anual de Informações Sociais, de 2023, mostra que as mulheres recebiam em média, 20,7% menos que os homens. No primeiro relatório, divulgado em março, com dados de 2022, essa diferença era de 19,5%.
Em média, os homens recebem R$ 4.500 e as mulheres, R$ 3.500.
A diferença é ainda pior entre os salários de mulheres negras e homens não negros. Elas recebiam R$ 2.700 em média, a metade do que eles ganham.
Mesmo em cargos de direção e gerência, as mulheres ganham 27% menos. Em algumas empresas, nem foi possível fazer essa comparação, porque não havia nem três mulheres em cargos de comando.
No mesmo evento que divulgou esses dados, o Ministério das Mulheres lançou o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens. A ministra Cida Gonçalves disse que o papel do governo é criar políticas públicas, mas as empresas também precisam participar.
O plano tem 79 ações divididas em três eixos. Ele vai trabalhar na ampliação do espaço das mulheres no mundo do trabalho, a permanências delas na atividade e a ascensão e valorização no trabalho.
A previsão orçamentária anunciada para pôr o plano em prática é de R$ 17 bilhões.