Condenação de Lessa e Queiroz repercute internacionalmente
O desfecho do julgamento que condenou Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, repercutiu nesta sexta-feira (1) entre entidades nacionais e em veículos de imprensa europeus, latino-americanos e dos Estados Unidos.
O jornal "The Washington Post" publicou que a sentença é vista apenas como um passo em direção à justiça, com outro julgamento ainda por vir para punir os acusados de ordenar a execução.
Já o jornal panamenho "En mayúscula" destacou a fala da juíza Lúcia Glioche, após a votação do júri popular: ela declarou que a justiça às vezes é lenta, cega, mas chega. O jornal também descreveu o cenário pós-sentença, no qual familiares de Marielle e Anderson receberam com muita emoção as sentenças.
Já o tabloide inglês "The Guardian" qualificou o crime como um dos assassinatos mais chocantes e notórios da história do Rio, e ressaltou a figura de Marielle, como uma mulher negra e gay, em ascensão política.
O Instituto Marielle Franco, criado em memória à vereadora, publicou uma nota nas redes sociais, em que ressalta que este é apenas um primeiro passo, mas muito significativo diante de 6 anos, 7 meses e 17 dias até que esse momento chegasse. “Transformamos o luto em luta”, diz o texto.
A Anistia Internacional, entidade global que realiza ações e campanhas pelos direitos humanos, publicou em seu site que a condenação dos ex-policiais militares contribui para que o Brasil possa inaugurar uma nova fase, mas está longe de encerrar o caso. Mas alertou: a justiça plena somente virá quando todos os envolvidos no crime forem finalmente responsabilizados.