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Dino suspende o pagamento de R$ 4 bi em emendas e pede investigação

Câmara pediu o pagamento de 5,5 mil emendas sem identificar autores
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Renato Ribeiro
23/12/2024 - 14:05
Brasília
Sessão plenária do STF. 29/02/2024 - Ministro Flávio Dino na sessão plenária do STF.  Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
© Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, nesta segunda-feira (23).  Flávio Dino determinou ainda que a Polícia Federal investigue suspeitas de irregularidades e o apadrinhamento de emendas de comissão na Câmara dos Deputados. O ministro atendeu a um pedido do PSol.

No início de dezembro, o STF referendou uma decisão de Dino que definiu normas para a liberação de emendas, com critérios de transparência e rastreabilidade. No entanto, dias depois, a Mesa Diretora da Câmara suspendeu o funcionamento das Comissões Permanentes, proibindo reuniões de qualquer natureza entre os parlamentares.  Isso, segundo o PSol, inviabilizou a apreciação de emendas e o cumprimento do rito legal.

Logo em seguida, 17 líderes partidários enviaram ao Governo Federal um ofício solicitando o pagamento de quase 5.500 emendas de comissão, mas sem identificar os respectivos autores. Na decisão, o ministro Flávio Dino destacou que o devido processo legal orçamentário tem um objetivo maior que é a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade.

Segundo ele, não é compatível com a ordem constitucional a continuidade desse ciclo de denúncias acerca de obras malfeitas, desvios de verbas, malas de dinheiro apreendidas em aviões, cofres, armários ou jogadas por janelas, diante de seguidas operações policiais e do Ministério Público. 

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