A Promotoria do Ministério Público em SP pediu, nessa quinta-feira (20), que o Supremo Tribunal Federal determine à Polícia Militar paulista o uso de câmeras em operações em comunidades. O órgão defende também o uso do equipamento em ações de fim de ano no litoral, apontando o alto índice de letalidade na região na Operação Verão do início do ano, e na Operação Escudo, no ano passado, que deixaram mais de 80 mortos no litoral.
A manifestação da Promotoria paulista acontece em função do pedido do governo Tarcísio de Freitas, na quarta-feira, que tinha pedido a obrigatoriedade dos equipamentos apenas em grandes operações.
No início do mês, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, determinou o uso obrigatório de câmeras corporais por policiais em São Paulo, e com a manutenção do modelo atual de gravação ininterrupta dos equipamentos. E também o acionamento automático das câmeras, conforme o sistema implantado no governo anterior.
A Promotoria também defendeu a obrigatoriedade dos equipamentos para as operações do fim do ano. Neste caso, a gestão Tarcísio afirmou que haveria dificuldades técnicas e operacionais para cobrir toda a operação, já que deixaria outras regiões desabastecidas.
Em resposta, a Secretaria de Segurança paulista informou que o estado conta com um efetivo de cerca de 80 mil policiais militares, para atuar em 645 municípios. E que a maior parte das cerca de dez mil câmeras corporais portáteis, disponíveis na corporação, se encontra na capital e região metropolitana.