Policiais militares são presos por escolta ilegal do delator do PCC
Foram presos preventivamente, nesta quinta-feira, 15, policiais militares suspeitos de envolvimento com o crime organizado. Quatorze dos detidos atuavam numa escolta ilegal do delator do PCC – Primeiro Comando da Capital – Vinícius Gritzbach, enquanto outro suspeito é apontado por ter atirado no delator, que foi executado a tiros na área externa do Aeroporto de São Paulo, em Guarulhos, no dia 9 de novembro.
A prisão dos agentes integra a Operação Prodotes, da Corregedoria da Polícia Militar paulista, que também cumpre sete mandados de busca e apreensão contra PMs suspeitos de envolvimento com a organização criminosa, em diversos endereços da capital e da Grande São Paulo. A corporação investiga, agora, o mandante do assassinato de Gritzbach.
O empresário, que era investigado por esquema de lavagem de dinheiro para o PCC, apontou nomes de policiais supostamente envolvidos no esquema, em delação premiada feita ao Ministério Público de São Paulo, em outubro do ano passado. Ele também era réu por duplo homicídio de líderes do PCC.
Em coletiva nesta quinta-feira, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, relatou que as investigações tiveram início em outubro do ano passado, a partir de uma denúncia anônima de que policiais realizavam ilegalmente a escolta do delator. Derrite comentou sobre o resultado da investigação que incrimina os agentes presos na Operação Prodotes.
Na manhã desta quinta-feira, 16, o governador Tarcísio de Freitas postou na rede social X que o dia começou com um passo importante para solucionar a execução de Vinícius Gritzbach. Ele ressaltou que as polícias de São Paulo têm compromisso inegociável com a ética e a legalidade, acrescentando que desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei.
