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Decreto sobre traslado de corpos será revogado após morte de Juliana

Ministério das Relações Exteriores vai prestar apoio à família
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Pedro Lacerda - repórter da Rádio Nacional
26/06/2025 - 20:31
Brasília
Brasília (DF), 25/06/2025 - A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, na madrugada de sábado (21), quando caiu da borda da cratera de um vulcão, foi encontrada morta nesta terça-feira (24) por equipes de resgate.
Foto: resgatejulianamarins/Instagram
© resgatejulianamarins/Instagram

O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (26) que vai revogar o decreto que impede o governo federal de pagar traslados de corpos de brasileiros mortos no exterior para o Brasil.

Lula conversou com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, brasileira que morreu após cair em uma trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, e determinou ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, incluindo o translado do corpo até o Brasil.

“Manuel é uma pessoa muito madura, muito consciente, ele agradeceu o telefonema e eu disse para ele, eu sei que não existe nada pior do que um pai ou uma mãe perder um filho. A natureza deveria morrer primeiro o pai para depois morrer o filho, mas quando morre o filho primeiro, para o pai e para a mãe é um sofrimento que não tem cura nunca mais. E eu falei para o Sr. Manuel, a gente vai ajudar no seu sofrimento resgatando a sua filha.”

O presidente disse ainda que descobriu, após a repercussão da morte da jovem, que um decreto de 2017 não permitia que o Ministério das Relações de Exteriores auxiliasse no traslado do corpo para o Brasil.

“Eu fui descobrir que tinha um decreto lei que não permitia que o nosso Ministério das Relações de Exteriores pudesse trazer o corpo dessa moça para cá. Aí eu fui descobrir, é um decreto de 1917, eu quando chegar em Brasília agora, eu vou para que o governo brasileiro assuma a responsabilidade de custear as despesas da vinda dessa jovem para o Brasil com a sua família.”

Juliana caiu da borda da cratera do vulcão na madrugada de sábado, mas, por conta do mau tempo e da dificuldade de acesso ao local da queda, o resgate demorou quatro dias para localizar a publicitária, que não resistiu.

Nesta quinta-feira o corpo da brasileira, de 26 anos, foi levado para a ilha de Bali, onde vai passar por autópsia. O procedimento deve esclarecer as causas da morte da jovem.

Em mensagem publicada nas redes sociais, os familiares de Juliana afirmaram que houve negligência por parte das autoridades da Indonésia, e que a jovem ainda estaria viva se não houvesse demora para o início dos trabalhos de busca e salvamento.

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