A polícia dos Estados Unidos prendeu o suspeito de atacar uma igreja afro-americana, Dylann Roof, em uma blitz, a cerca de 300 quilômetros da cidade de Charleston, no estado da Carolina do Sul, onde aconteceu o ataque.
Dylann Roof tem 21 anos e, segundo o depoimento de um tio, ganhou a arma do pai como presente de aniversário.
O ataque aconteceu na quarta-feira (17) à noite, na Igreja Africana Episcopal Metodista Emanuel, onde 13 pessoas faziam uma reunião de estudo da bíblia. Testemunhas contaram que Dylann Roof se sentou ao lado dos fiéis durante uma hora, antes de abrir fogo. Depois gritou que estava ali para matar pessoas negras e começou a atirar.
O reverendo Clementa Pinckney, pastor da igreja e membro democrata do legislativo estadual, está entre os nove mortos. A polícia acredita que foi um crime de ódio.
O ataque chocou a comunidade. A igreja é uma tradicional congregação de afro-americanos do Sul dos Estados Unidos. Foi fundada por escravos que lutavam por liberdade no século XIX. Em 1962, o líder Martin Luther King fez um discurso em defesa dos direitos civis na igreja.
Em um pronunciamento, o presidente Barack Obama disse que tragédias como essa não acontecem com tanta frequência em outros países desenvolvidos e que é preciso fazer algo para impedir que se repitam. Três anos atrás, Obama propôs uma campanha pelo controle da venda de armas nos Estados Unidos, mas foi derrotado pelo Congresso.
