No discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o mundo deve agir rapidamente para solucionar a crise humanitária que leva milhões de refugiados a deixar seus países. Dilma frisou o papel da ONU para fomentar a paz mundial e destacou o acolhimento do povo brasileiro.
Sonora: "Em um mundo onde circulam livremente mercadorias, capitais, informações e ideias, é absurdo impedir o livre trânsito de pessoas. O Brasil é um país de acolhimento, um país formado por refugiados. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo o mundo, assim como abrigamos há mais de um século milhões de europeus, árabes e asiáticos. Estamos de braços abertos para receber refugiados."
Dilma também pediu reformas na estrutura das Nações Unidas, como a ampliação dos membros de Conselho de Segurança da ONU.
A presidenta falou sobre a crise econômica no Brasil e disse que governo e sociedade não vão tolerar a corrupção. Dilma explicou que nos últimos 6 anos, o país se esforçou para afastar os efeitos da crise internacional, mas esse esforço chegou ao limite. Então, ela destacou as medidas do ajuste fiscal.
Sonora: "Estamos reequilibrando nosso orçamento e assumimos uma forte redução de nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento. Realinhamos preços, estamos aprovando medidas de redução permanente de gastos, propusemos cortes dramáticos de despesas e redefinimos nossas receitas. Todas essas iniciativas visam reorganizar o quadro fiscal, reduzir a inflação, consolidar a estabilidade macroeconômica, aumentar a confiança na economia e garantir a retomada do crescimento com distribuição de renda."
O primeiro a falar na Assembleia-Geral da ONU foi o secretário-geral da Organização, Ban Ki-moon. Ele também mostrou preocupação com a crise humanitária. Ban Ki-moon disse que cinco nações têm papel central no conflito sírio: Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Turquia e Irã, mas que todos os países têm responsabilidade.
Ele ainda afirmou que a Europa deve fazer mais e que agora é preciso combater a discriminação e não é tempo de construir cercas e muros.