O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viajou de Havana direto para Buenos Aires, capital Argentina, onde chegou nesta madrugada (23).
Ele veio se encontrar com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, que acaba de completar 100 dias no Poder.
O último presidente norte-americano que visitou a Argentina para discutir as relações bilaterais foi Bill Clinton, há 19 anos.
Depois dele, veio George Bush, em 2005, para participar da Cúpula das Américas. Mas ele foi recebido por protestos nas ruas.
Obama chega num momento em que a Argentina precisa atrair investimentos estrangeiros.
Os preços das commodities que o país exporta estão em queda e seu principal sócio, o Brasil, está em crise.
A visita de Obama também coincide com o aniversário dos 40 anos do golpe militar argentino, um dos mais sangrentos na América Latina.
A pedido dos organismos de direitos humanos, o presidente norte-americano prometeu abrir os arquivos da ditadura e tornar públicos documentos secretos que só seriam desclassificados daqui a dez anos.
No dia 24, data do golpe, ele visitará o Parque da Memória, em homenagem as vítimas da repressão. Obama viajará em seguida para Bariloche, no Sul da Argentina.
Os organismos de direitos humanos aconselharam Obama a ficar distante das manifestações em Buenos Aires porque os Estados Unidos, na época, apoiaram a ditadura e a presença de um presidente norte-americano poderia ser vista, por muitos, como uma provocação.
