Futebol é usado para unir crianças árabes e israelenses

Publicado em 22/08/2016 - 11:52 Por Juliana Russomano - Brasília

A Olimpíada terminou, mas o que fica vai além das estruturas físicas na cidade maravilhosa. Uma das marcas que a Rio 2016 deixa é a de primeira Olimpíada dos tempos modernos com uma delegação de atletas refugiados.


No total, dez atletas participaram das competições sob a bandeira olímpica. A delegação incluiu dois nadadores sírios, dois judocas da República Democrática do Congo, um maratonista da Etiópia e cinco corredores de meia-distância do Sudão do Sul.


Essa foi uma demonstração do esporte rompendo fronteiras que para muitos parecem intransponíveis. Mas não é apenas nas grandes competições internacionais que surgem as boas iniciativas.


Do Oriente Médio, onde existe um dos conflitos mais longos da história, entre árabes e israelenses, vem um desses exemplos. O futebol é usado para integrar crianças e adolescentes que já nasceram conhecendo o conflito e os muros de separação.


Na cidade de Modi'in, a 10 minutos de Jerusalém, em Isarel, a ONG Centro Peres pela Paz usa o esporte como meio de fomento aos direitos das crianças. São 250 meninas e 350 meninos árabes e isaraelenses que treinam e participam de torneios de futebol, entre outras atividades culturais e esportivas.


Mas as competições nunca colocam um povo contra o outro. Geralmente são crianças contra os pais, contra os treinadores, ou até mesmo entre elas, mas em times de nacionalidades mistas, explica Yarden Leal, diretora de Relações Externas do centro.


As meninas que participam do projeto dizem que tentam resolver os problemas que surgem entre elas. O que dificulta às vezes é o idioma, mas aí recorrem ao inglês ou a ajuda dos treinadores. Quando perguntada como é a interação com as árabes, a jogadora judia de 10 anos, Ori, diz que “atividade une as nações”.


Se fora do campo árabes e judeus estão em conflito, dentro dele, meninos e meninas mostram que a convivência pacífica e amigável é possível. Unidas pelo esporte, meninas como Ori levam a amizade para a vida e como a maioria das adolescentes do mundo, fora do campo, elas se relacionam pelas redes sociais.


A jornalista viajou à Israel a convite da Federação da União dos Trabalhadores em Israel (Histadrut) e do Ministério das Relações Exteriores israelense.

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