O clima em Washington é de crescente pressão para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prove que Obama mandou grampeá-lo durante a campanha.
Democratas dizem que Trump fez as acusações apenas para desviar das acusações de envolvimento da sua equipe com autoridades do governo russo, o que abriu investigação no Congresso e no FBI. A Casa Branca pediu ao Congresso para que examine, como parte dessa mesma investigação, se o governo Obama teria abusado de seus poderes investigativos durante a campanha.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, garantiu que Donald Trump não estava querendo dizer que Obama havia grampeado seu telefone pessoal e sim que seu governo praticava várias formas de espionagem. O problema é que as postagens do Twitter não deixam dúvida sobre o teor das acusações. Em uma delas, Trump diz que acabou de descobrir que Obama havia grampeado seu prédio em Nova York, a Trump Tower, logo antes da sua vitória nas eleições no ano passado. Em outra, Trump pergunta se é legal que um presidente coloque grampos em um candidato durante uma campanha.
Mas não são só os democratas que pressionam Trump. O senador do seu próprio partido, o republicano John McCain, disse que Trump tem que apresentar provas do que disse. Até mesmo a assessora do presidente, Kellyanne Conway, passou a negar que tenha dado a entender que Obama estava espionando Trump.
Ontem (14), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu mais tempo para apresentar evidências das alegações de Trump. Agora, o governo tem até o dia 20 de março para mostrar as provas ao Congresso. Este é o primeiro dia em que os parlamentares começam a ouvir testemunhas sobre as relações entre os russos e o governo Trump.