A crise na Venezuela foi o principal tema discutido no Palácio do Planalto nessa terça-feira (30).
O governo brasileiro reafirmou, ao longo do dia, o posicionamento que vem adotando desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, que é o de apoiar o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, e condenar o governo do presidente Nicolás Maduro.
No início da noite, o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, informou que Bolsonaro autorizou o asilo em território brasileiro de 25 militares venezuelanos de patente de soldado a tenente.
O porta- voz informou ainda que existem cerca 70 desertores militares no território brasileiro e disse o que governo descarta intervir na Venezuela.
Nessa terça, Bolsonaro e Guaidó conversaram por telefone. No twitter, o presidente brasileiro escreveu que qualquer hipótese em relação à Venezuela será decidida exclusivamente por ele, no entanto, ouvindo o Conselho de Defesa Nacional.
Em entrevista à TV Band, Bolsonaro disse ainda que acha pouco provável o apoio a uma eventual intervenção militar dos Estados Unidos no território venezuelano e reafirmou que a participação brasileira na crise do país vizinho, só após ouvir o conselho.
O presidente convocou uma reunião de urgência no Palácio do Planalto, nessa terça-feira, com o vice-presidente Hamilton Mourão e os ministros do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Depois da reunião, o ministro do GSI, Augusto Heleno, afirmou que o apoio de militares a Juan Guaidó não alcança os altos escalões das Forças Armadas da Venezuela.
De acordo com o ministro, o fim da crise na Venezuela continua sem solução a curto prazo.
Mais cedo, o Planalto divulgou uma nota à imprensa afirmando que o governo brasileiro incentiva a todos os países a se colocarem ao lado do presidente encarregado, o autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó.
Ao apoiar Juan Guaidó, o governo brasileiro espera, segundo a nota, uma solução que ponha fim ao governo de Maduro e restabeleça a normalidade institucional na Venezuela.
O grupo de Lima também divulgou nota de apoio a Juan Guaidó.